E o diário de intercâmbio continua ❤
Hoje, vim relatar a minha experiência com Host Family e já adianto que foi a minha melhor escolha. Senta que lá vem história.
Antes de fechar o meu intercâmbio, tive que decidir qual o tipo de hospedagem era melhor para mim. Dentre as opções tinham: Apartamentos individuais, hostfamily, hostel, hotel, apartamentos para dividir, enfim ‘N’ possibilidades. Primeiramente deixei pago apenas um mês de hostfamily, pois eu queria ter essa experiência e queria chegar na cidade com o sentimento que iria ter alguém lá me esperando. Eu queria pagar um mês de hostfamily e depois procurar um apartamento para dividir com outros estudantes.
Inicialmente a minha experiência não foi muito boa na primeira casa (clique aqui para saber mais), mas na minha primeira semana já fui na escola e disse o bairro que eu queria morar e que eu queria uma família americana (sim, existem host que são estrangeiros, mas são cidadãos americanos). Em dois dias ela conseguiu uma família que atendeu as minhas pequenas exigências, era a casa 4122 ❤
Quando estava tudo certo, providenciei minha mudança (mala e cuia de trolley e ônibus), meu primeiro desafio: ela me ligou (nunca tinha falado com um americano por telefone e acreditem, é mais difícil do que você pode imaginar). Ela confirmou tudo por telefone comigo, me passou algumas dicas sobre a casa. Cheguei, não tinha ninguém, mas me instalei conforme ela me falou e fiquei o dia esperando ela chegar do trabalho (eu não consegui sair de casa, estava muito ansiosa!) Quando ela chegou foi maravilhoso, ela com aquele sotaque californiano, com uma cachorrinha na mão ao lado da sua neta. Conforme o tempo ia passando eu ia me adaptando ainda mais ao 4122, éramos eu, a hostmom, sua neta de 7 anos, sua filha mais velha e um chiuaua. Na esquina tinha um Starbucks, na outra uma 7Eleven, além de mercadinhos, target, academia, Wholefoods, restaurantes, paradas de ônibus e praia. Para mim, era um paraíso.
Me adaptei perfeitamente à eles, a casa, as pequenas regras e perguntei se tinha a possibilidade de passar os outros 5 meses lá, ela pensou durante um dia e aceitou. A família passou por algumas desavenças durante esses meses, eu passei por algumas situações constrangedoras, mas nada me fazia desistir do 4122 e da minha hostmom tão maravilhosa (isso é o que importa). Começamos a ter uma ligação forte, eu enxergava nela um apoio. Dizem que os americanos são trancados e isso é verdade, mas quando eles criam afeição por você, eles se entregam e são muito carinhosos. Em dois meses eu já tinha chamado uma amiga da Suíça para morar comigo lá e já conhecia toda a família ❤
Dica: Se você se adaptar, assim como eu, você pode negociar diretamente com a família um valor, e ao invés de pagar à escola, você paga à eles (sai quase metade do valor)
Alguns momentos inesquecíveis:
❤ No meu último mês de intercâmbio eu geralmente ficava um pouco triste, primeiramente com saudade da minha família no Brasil e depois pela despedida que já já iria acontecer. Quando eu ficava assim, minha hostmom notava e sempre fazia um jantar que eu gostava, acendia a lareira, me dava um pote de sorvete de menta com chocolate e assistia filmes comigo (eu, ela e a minha host sister). Eu me sentia tão acolhida e amada.
❤ No segundo dia ela me levou para conhecer a mãe dela, uma idosa de 90 anos que mora no mesmo condomínio de casa que ela. A casa dela é bem de vovó e ela muito fofa, conversou horas comigo, me fez uma torta de maça e disse “Minha filha, sempre que quiser pode passar aqui”
❤ Uma vez roubaram minha carteira com meu passaporte em uma nightclub (história para um outro capítulo), o consulado brasileiro fica em Los Angeles e ela fez questão que o irmão dela me hospedasse na casa dele e me ajudasse e ele fez tudo por mim (jamais vou esquecer). Ele mora com o marido (sim) e em uma casa maravilhosa em Beverly Hills (isso mesmo). Eu fiquei chocada, além dessa experiência, eles me proporcionaram um dia incrível indo a restaurantes super locais e bem chiques e não me deixavam pagar por nada (que minhas memórias desse dia nunca morram)!
❤ Eu me senti muito da família no dia que minha host me chamou para assistir Malévola na cama dela, com a host sister e comendo pipoca (besteira, mas me senti muito especial)
❤ Despedida: 3 dias antes de eu partir para o Brasil, ela me deu um presente, um cartão, me abraçou forte e começou a chorar e eu (adivinha…) também e muito. Foi muito dolorosa a despedida, pois eu já me sentia em casa, já tinha laços fortes com ela (e já começo a me emocionar escrevendo…). Até hoje trocamos SMS quase todos os dias (isso mesmo, ela não usa WhatsApp).
❤ eu poderia escrever um livro de momentos como estes (…)
Recomendo para qualquer um Host Family ou, ao mesmo, tentar. Devemos está abertos ao novo, deixar certos costumes de lado. Eu consegui me adaptar em uma nova rotina, novas regras, pessoas totalmente diferentes de mim, além disso, criei laços de amizades que permanecem até hoje, pude provar comidas maravilhosas (outras nem tanto), participei de um verdadeiro churrasco americano assistindo jogo de futebol americano com fanáticos, passei de porta em porta com a minha host sister para colher doces de halloween, pude presenciar dois momentos em família maravilhosos (Thanksgivin e o Natal) com direito a um peru enorme, lareira e drinks festivos como (eggnog). Além de tantos momentos bons e inesquecíveis que os “perrengues” nem vale a pena mencionar.
Instagram: @cibelefranck
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